segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Soneto a Eros e Psiquê













Num aparte da nossa oração conjugada
nossos verbos tocaram um acorde infinito
nosso eco rompeu viscerais madrugadas
nossas partes fundidas num coito balido

Foste o grito em meu ventre há muito perdido
Fui teu ego acalmado na chama sentida
minha pele em teu corpo, o frio aquecido
teu prazer em min'alma, um sopro de vida!

Nosso algoz foi o tempo cravando o passado
no leito onde Eros transbordava seu leite

Despertando a Psiquê no aparte do amado
jorra o sangue vertendo lembranças tardias
de um ardor trespassado no puro deleite
acordando, d'um sopro, duas almas vadias!

Monica San

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