domingo, 13 de setembro de 2009

Descortina-me a alma adormecida

.

Os ventos rasgam forte o meu medo

A chuva irrompe o silêncio
Os trovões soam angustiantes
No espetáculo que se impõe...

Gotas incendeiam meu adágio
Que estremece nas entranhas
Cortantes de expectativas
E congelam na memória

Vivi as teias traçadas pelo destino
Mas não vivi os desejos reprimidos...
Marcados pelas pedras e tempestades

Vidas desafiam e desfiam o tempo...

Nuvens afagam lágrimas que caem
E enlaçam as dores cristalinas
Da lua escura que se distrai em cólera
Em júbilo junto à noite que desencanta

E sob a indiferença dos céus indigentes
Descortina-me na inerte alma adormecida.
blog | twitter | facebook

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

rabisco mudo



.


Gritei. Por medo. Por dor. Por nada.
Grito redondo, gordo, insensato.

E vazia. Talvez te chamasse
Fossem desmedidos meus dias

Não tivesse calculado,
Previsto, desenhado
O minuto a minuto.

Tudo.

Confunde-me a sobra que se arrasta
No silêncio

Não há desvario.
Minha confusão
não tem voz.

Preciso
só o rabisco mudo
do teu nome
na memória.

Sortilégio burlando e
invadindo meu dia.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Willien Nidden - Flá Perez


Era um viking assim diferente,
quase elegante.


Um whitman que, de repente
pediu pra cuidar de mim

e nada ficou como antes.

Por certo causou-me estranheza
esse deus meio hyppie,
poeta caeiro,
com jeito de príncipe.


Mas ele foi como veio:
mansa mancha amarela
no olho pisado


de azul fera.



Convido todos para o lançamento do meu livro

"Leoa ou Gazela, todo dia é dia dela"

na Livraria Cultura Shopping Iguatemi Campinas,

dia 11/09/2009 a partir das 19:00 horas .

E para o lançamento e noite de autógrafos em São Paulo,

que acontecerá durante o XXIII Sarau Politeama Diverso:

Data: 15/09/2009 Hora: 20 h 46 m

Local: Fidalga 33

Rua Fidalga, 32 – Vila Madalena

Tel: 3032-7346

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Saudade Não É Bem Assim



Saudade Não É Bem Assim
by Cris Linardi



Às vezes me esqueço da dor
Esqueço-me quem sou
E o dia mascara o sofrimento
A saudade não é tua
A vontade agora é nula
Sinto falta do momento
Calamidades sentimentais
Acumulam-se nos vendavais
Quando a ausência incita o sentimento
A verdade, sei agora
Talvez já soubesse outrora
Mas não sinto falta de seu beijo
O que fica, isso entendi
É a ausência, o que perdi
E não a pessoa que um dia esteve aqui dentro


Poema simples que fiz no começo de uma nova fase da minha vida, quase um parto; não que poesia a gente tenha que explicar...