Eu,
você,
nós
indesatáveis.
sábado, 30 de janeiro de 2010
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
AS PEDRAS
Jamais esquecerei aquele momento
De tamanha perplexidade
No meu caminho para o meio
Havia pedras espalhadas.
Pedras havia de montão
No meio do caminho jogadas.
Como em todo meio de caminho
A gente dá mil tropeçadas
Tropecei naquelas pedras
No meio do caminho jogadas.
Pedras havia de montão
No meio do caminho jogadas.
Não sei se jogaram de propósito
Não sei se lutei em vão
Só sei que com pés machucados
De tanta pedra lascada
Cheguei no meio do caminho
Do meu caminho para o meio
Cada vez mais pedras jogadas.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Na rua
MARIANA VALLE
Quero te comer na rua,
com raiva,
na pressa.
Não dá tempo de ficar nua.
Vamos logo
ao que interessa.
Não quero romantismo,
quero desejo puro e simples,
quero a força do tesão.
Não preciso do teu cinismo,
preciso de tua paixão.
Anseio sentir tua carne
e tua veia pulsando em mim
meu mar te molha e esquenta
e eu fico louca te tendo assim.
Para ler outros textos da autora, clique aqui
Quero te comer na rua,
com raiva,
na pressa.
Não dá tempo de ficar nua.
Vamos logo
ao que interessa.
Não quero romantismo,
quero desejo puro e simples,
quero a força do tesão.
Não preciso do teu cinismo,
preciso de tua paixão.
Anseio sentir tua carne
e tua veia pulsando em mim
meu mar te molha e esquenta
e eu fico louca te tendo assim.
Para ler outros textos da autora, clique aqui
domingo, 17 de janeiro de 2010
roupa suja
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Ukma canta meu poema "Aureolada" - Flá Perez
Aureolada
Eu tão anjo tenho andado,
que em mim nasceram asas.
O queme perde pro céu
é esse meu grande rabo
endemoniado
e minhas coxas grossas.
(repostagem de 07/01/08 com vídeo incorporado)
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Presa
Queria que teus olhos fossem menos pontiagudos. Que não me trespassassem assim, como se minha carne não oferecesse resistência alguma ao teu sal e ao vinagre da tua saliva. Dispões das minhas partes como a preparar o teu banquete, mas limita-se a degustar lentamente como se teu apetite ainda estivesse morno.
Ainda sangro.
Enquanto afias teus caninos em outros ossos, de presas já devoradas, por certo mais saborosas ou mais "ao ponto" que eu.
Ainda sangro.
Enquanto me preparas, a fogo lento, para adornar a tua mesa e fazer parte do teu banquete.
Ainda sangro ao sentir o teu apetite e imaginar a força dos teus dentes, mas agora, meu sangue é a lava que escorre do teu vulcão em chamas, quando me chamas para saciar a tua fome.
Entre teus dentes encontro meu ponto.
E meu sangue escorre, quente, pelos cantos da tua boca.
Monica San
Assinar:
Postagens (Atom)