domingo, 13 de setembro de 2009

Descortina-me a alma adormecida

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Os ventos rasgam forte o meu medo

A chuva irrompe o silêncio
Os trovões soam angustiantes
No espetáculo que se impõe...

Gotas incendeiam meu adágio
Que estremece nas entranhas
Cortantes de expectativas
E congelam na memória

Vivi as teias traçadas pelo destino
Mas não vivi os desejos reprimidos...
Marcados pelas pedras e tempestades

Vidas desafiam e desfiam o tempo...

Nuvens afagam lágrimas que caem
E enlaçam as dores cristalinas
Da lua escura que se distrai em cólera
Em júbilo junto à noite que desencanta

E sob a indiferença dos céus indigentes
Descortina-me na inerte alma adormecida.
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5 comentários:

  1. Muito bom! Seu poema abriu meu feriado com inspiração. Lindo!

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  2. (Vivi as teias traçadas pelo destino
    Mas não vivi os desejos reprimidos...
    Marcados pelas pedras e tempestades)

    Muito bom! Apreciadíssimo. Parabéns amiga.

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  3. Parabéns amiga, seu texto está muito bem escrito. Gostei do tema.

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