- (Lena Ferreira)
 
- Porque tua pausa parece infindável
 - e tua lira é ópera inteira; orquestra
 - tocando a partitura dos meus poros
 - em notas tão perfeitas e sonantes
 
- Porque teu verso parece inverso
 - e tuas letras, crianças peraltas
 - aprontando fuzarca no meu sítio
 - trazendo ventura pros meus dias
 
- Porque teu verbo parece silente
 - e teu silêncio, é grito mudo, eterno
 - suplica por peles cruas, pelos nus
 - causando espasmos na alma casta
 
- Porque tua causa parece urgente
 - e tuas promessas perfeitas, cabíveis
 - imploram ao deus grego e pagão
 - pela redenção de um pecado imortal...
 
- Porque teu porquê é tão insistente
 - não podes perdoar-te eternamente...
 
terça-feira, 24 de maio de 2011
REDENÇÃO
quarta-feira, 18 de maio de 2011
SEDUÇÃO (MARCO MEU FILHO)
SEDUÇÃO
 Não sei controlar minha paixão,
Me toma em teus desejos e devaneios,
E abraça minh'alma sem rodeios,
Acelera as batidas do meu coração.
Como posso conter essa paixão,
Se estás em meus sonhos e na realidade,
Me digas, me contes a tua verdade,
Que mostro o caminho da sedução.
Ah...que faço com essa atrevida paixão,
Que rouba meu tempo, me deixa feliz,
Me faz maluco, me enche de amor,
E com tua artimanha e persuasão,
Conturba minha mente, sempre que diz,
Eu quero esse Homem, o meu sedutor.
Marco Antonio de Alvarenga
segunda-feira, 16 de maio de 2011
O Silenciar dos Anjos

Na calada fria da noite escura
Ao ouvir o sussurrar dos Anjos
Emudecem-me os sentidos
Um olhar de olhos infindos me vigia...
Inquieta, reverencio o tempo
Onde o aqui agora nem perto nem distante
Canta junto ao meu coração e
Entrego-me na finitude de tudo o que sou.
Em meio a nuances e tormentos
Teço traçados desalinhados em cunho e
Perco-me neste labirinto de metáforas.
Um Anjo tetro num recôndito invisível
Pelas vias/mente, algoz - a morte me anuncia.
Peregrino pela campina verde e me deito no sereno.
Sonho (de novo) ao ouvir o gorjeio das gaivotas
O murmurinho das águas do mar e do vento.
O perfume que exala das flores
Cintila na aparição do céu inexorável
E me liberta do cárcere em que vivo.
Será loucura de meus pensamentos?
Luto para fugir do mal que me assola
Montada no meu cavalo indomável
Na noite sombria à luz da Lua nua.
Meu destino, minha senda
Que transita entre o céu e o inferno
Como vidro se despedaça no chão.
Alço finalmente de asas abertas, à Luz ao final do túnel.
Vencendo o vento angario do pó alma minha e
Do efêmero isolamento - vôo como fênix em direção ao Sol.
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