Ontem estive só. Logo eu, tão povoada!
Meu só é imaginado, desejado com tanta força que quando alcanço já estou cansada
e quero amor
(sinto-me tão idiota falando de amor quanto um ateu dando graças a deus:blasfêmia ás avessas).
É, sinto falta de amor.
Aquele amor-instinto de perpetuar espécie, darwiniano, não o amor fingido das putas
e esposas vitorianas pra criar bem os filhos.
Amor verdadeiro é o de tigreza no cio. Tigreza com z é mais selvagem, já disse.
Pensa bem, e responde sem hipócrisia...
Eu disse sem hiporisia!
Acordei pedindo uma nova paixão.
Sem essa de promessa de ninho. Ninho é coisa de passarinho bobo.
Quero queimar ninhos e voar, percorrer savanas.
Só não me deixe esquecer isso.
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