sábado, 17 de outubro de 2009
Da parte que me cabe
Os pensamentos não me cabem mais
Atravessaram a Av. Conceição
Em alta velocidade,
Mendigaram aos estranhos que passavam:
-Piedade!
Os cacos já não colam mais
Espalharam-se pelo corredor
E não há cola que dê jeito
As teclas do computador e meu coração
Desbotaram na s pontas dos meus dedos
As letras estão decalcadas
Nos meus medos e defeitos,
Do que sobrou sobre a mesa da cozinha
Foram as picuinhas e o pão que embolorou,
O café esfriou, não uso garrafa térmica
Consumo tudo no calor dos momentos,
Alimento-me agora da fé de outrora
E de alguns fragmentos.
E dôo sem medida e previsão
Pois ainda me resta da vida um quinhão,
Quero a parte que me cabe neste vasto mundo.
http://www.designup.pro.br/files/insp/thumb300x300/1250519367.jpg
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adoro seus poemas "concretistas marginais"!
ResponderExcluirficou dez!
Como te disse antes, reportou-me "Morte e Vida, Severina", do Chico. E me vi inteirinha aqui, pq eu tmbm sou toda revelada no calor da hora. não sei disfarçar...
ResponderExcluirit's perfect, tia!