terça-feira, 30 de outubro de 2012


SÁBADO 03 DE NOVEMBRO
ÀS 19:30 HS NA CASA DAS ROSAS
TEM SARAU A PLENOS PULMÕES
Lançamento do Livro da poeta Flá Perez , "POESIA SE ESCREVE COM T"
ENTRADA FRANCA MICROFONE E PALCO ABERTO
Av. Paulista , 37 Casa das rosas
Apresentação : Marco Pezao, Carlos Galdino e Jaime Matos





quinta-feira, 15 de março de 2012

A Candeia & Alqueires

(Sonia Cancine)
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Do alvedrio espelhado
- pela candeia -
Um cheiro de rosas
Um brilho nos olhos
Ilumina-me os lábios
Na taba sombria.

Derramo a lágrima oculta
Uma fotografia à tua alma

Um cheiro de canela, pimenta e chocolate no ar.

Sorrio,
- como pequenina pétala de cristal
Como se fosse partir devagarzinho
[ao leve contacto com o ar]

Como se tudo fosse parar agora -

E cantos baixinhos me aconchegam
- como se quisessem me embalar -
Sussurros
- saltitam de lá para cá –

E bailo com as mãos
- e como se me escondesse
fecho os olhos
e contemplo o amanhecer -

O vento acaricia-me a face.

O cheiro da terra
O frescor da bruma
O sabor do vento
Trazem-me um sorriso.

Vislumbro
Passos, tatuados à beira-mar
Segredos, numa caixinha de pandora
O bater das asas dos pássaros
O curso dos rios e mares
Os saltos das águas em cachoeiras
O brilho da Lua...

Colho dos cestos floridos, o passado.
E sei que nada disto me é eterno, nada é meu.

sábado, 14 de janeiro de 2012

A Pescadora de Luas

(Sonia Cancine)
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Eternizam-se na memória
- no embalo do vento -
Absorvidas pelo nó sorvido
- com gosto de maçã -
Emoção em gotas cítricas e hortelã.

Das pupilas e das contas d’água
- do verde mar de seus olhos -
Da bruma espuma, nódoas de solidão
O vinho escorre nas veias, rompendo o chão.

Arranco calhetas e cascalhos
Do ferrolho de meu peito
- sou pescadora de Mim -
Húmus mudos
Fragmentos que perdi...

A Luz espalha o seu aroma
Na Terra que fenece
Irrompe em tempos estranhos
Onde se tinge de sangue
Precipita-se ao Sol e
Só se detém, ao amanhecer.

Vislumbro o oceano
- no marejar de meus olhos -
E ao trazer a alma azul do mar e do céu

Eu chorava ao voltar para a Terra.

O imaginário da Lua inspira-me
- a mulher guerreira -
No fundo do lago ou de Yaci...
Qual espelho da Lua, na face refletida

O antes e o agora
- pescadora e cavalgante -
De águas e terras distantes
Neste agreste mundo aquoso